Durante o ensino médio, lembro de ver programas de televisão que mostravam cirurgias plásticas, o resultado na qualidade de vida dos pacientes era emocionante, e eu pensava “quero aprender a fazer isso”. Entrei na faculdade de medicina e fui logo me informar sobre a Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica de lá e, quando me disseram que não havia, perguntei: o que é preciso pra fundar uma? Alguns meses depois fundei a LACIP, meu maior orgulho acadêmico (permaneço até hoje na liga, da qual sou orientador docente). 

Em 2013 viajei para um congresso e lá ouvi um senhor falar sobre suas cirurgias com humildade, trazia a público as próprias limitações e achei isso impressionante. Esse senhor era Ivo Helcio Jardim de Campos Pitanguy, um dos cirurgiões plásticos mais renomados do mundo. Alguns meses depois eu já estava lendo tudo que ele escrevia e alguns livros como “Cartas a um jovem cirurgião” ou “Viver vale a pena” pareciam conversar comigo sobre pensar grande, fazer o melhor com o que se tem, criar oportunidades… devo muito a esses livros.

Devo muito a muita gente boa que Deus colocou no meu caminho e que sempre confiou no meu potencial. Foram anos de muito estudo, renúncias, cursos nacionais e internacionais, anos e anos  de uma formação que, no fundo, é infinita. 

Sou muito feliz, tenho sorte por amar o que faço e sei que o menino que assistia às plásticas estaria orgulhoso, afinal, hoje faço o que tanto sonhei, transformando vidas e honrando diariamente o metiê escolhido.